O livro relata assuntos urbanos como atração, ódio, medo, solidão, dor, relações e inquietude sob a ótica concretista e sem pudores de Medeiros, que escreve diretamente, sem melindres nem eufemismos, como é possível verificar em várias passagens: restos do cotidiano / detritos da permissividade / rastros do amanhã / amarguras do ordinário / indiferenças do coibido / lastros do sofrido.
E ao falar de relações: no se apaixonar / de manhã se é um / e à tarde, outro / no descartável as pessoas se desvalorizam / cada vez mais. O poeta revela sua face de incredulidade perante sentimentos profundos, relatando ser apenas o envolvimento amoroso uma troca de necessidades fisiológicas de sexo e carência afetiva.
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