quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cafona!




A idéia nasceu em um bar, Fernanda Versolato estava com uns amigos e reparou uma pessoa que se vestia de maneira curiosa. “Eu estava com uma câmera de fotografia na bolsa, resolvi tomar o depoimento dessa pessoa, perguntando se ela demorava muito para se vestir, o que era cafona, etc”, diz a diretora do vídeo documentário “O que é cafona pra você?”, que será lançado neste sábado, 24 de abril, às 16h, no Cine Cultura, em Campo Grande-MS. A entrada é franca. Informações pelo telefone (67) 3027-5858 ou pelo site www.cinecultura.com.br .

 “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" é principal técnica desta pesquisa audiovisual bem humorada sobre como nos vemos, refletidas em várias entrevistas com ilustres e desconhecidos. O filme é um documentário com 17 minutos de duração, a animação de ilustrações foi produzida por Thiago Silva de Moraes, que também é assistente de direção. As imagens são de Henrique Motta, Glaucyana Barros, Jéssica Barbosa e Thiago Silva. Fotos para stop-motion: Larissa Ávila. Produção: Fabiola Brandão. Arte do cartaz: Zéduardo Calegari. Assessoria de imprensa Elânio Rodrigues da Silva. Todos são voluntários no filme.

A entrevista inicial do bar empolgou a atriz e produtora, que convenceu outros profissionais a saírem com suas câmeras digitais, começando pela avenida Afonso Pena, ponto central de Campo Grande onde existem muitos bares e lanchonetes. “Rodamos muitos lugares, abordamos pessoas nas ruas, na feira central, no shopping, no teatro, numa casa de shows, em loja de Cowboy, etc, eu queria entrevistar as pessoas que iam dos lugares mais caros aos mais baratos, queria gente diferente, de tudo quanto era jeito”, revela Fernanda.

Com entrevistas divertidas já gravadas, a equipe foi entrevistar os profissionais da moda, como a consultoras de moda da Sidney Volpe e Maria Olivia. “Elas nos receberam com muita elegância e educação. Nos sentimos em uma tarde no Leblon”, brinca a diretora do filme, que depois entrevistou a empresária de moda Marisa Mujica e o cabeleireiro Jorge Kehl, além de alguns gerentes de lojas consideradas chiques na capital do Mato Grosso do Sul.

Curiosidades

Entre os depoimentos mais curiosos, ela aponta a divertida abordagem com a travesti Jane, na rua 14 de julho. A cantora Maria Cecília, da dupla Maria Cecília e Rodolfo, também participa do filme. Cada um tem sua definição própria sobre ser cafona com declarações quase inacreditáveis. São depoimentos de publicitária, bailarina, professor de educação física, atriz, proprietário de caminhões, secretária, funcionários públicos, tecnólogos, produtores culturais, jardineiro, manicure, arquiteta, advogada, músicos, cantoras, consultora de moda, cabeleireiro, gerentes, programadora visual e fotógrafa.

Ser cafona

“Cafona pra mim é um exagero, ou de alguma cor ou de alguma combinação, é um estilo próprio de quem não liga muito para outras opiniões. Com este filme eu também me descobri cafona, foi engraçado. Uma consultora de moda aconselhou não usar tênis com vestido, e eu adoro esta combinação. Vez ou outra ainda quero colocar uns assessórios que adoro e sei que estão completamente fora dos padrões de moda. Todo mundo já foi cafona, quem não foi é, e quem não é ainda vai ser”, diz Fernanda, divertindo-se com os conceitos. Depois da estréia, a diretora pretende escrever o vídeo em diversos festivais pelo Brasil.

Serviço: O Cine Cultura está localizado na Avenida Afonso Pena, 5.420. Pátio Avenida
Fone: 3027.5858. Campo Grande, MS. Funciona de Segunda a Sexta com sessões às 18h e 21h. Sábados, Domingos e feriados às 17h e 21h. Site: www.cinecultura.com.br

A diretora
Fernanda Versolato é atriz há nove anos. Iniciou atividades no Cinema em 2008, como figurante do filme “Cabeça a Prêmio”. A partir daí, se apaixonou pelo audiovisual e se inscreveu em diversos cursos da área. Já trabalhou em cinco Curtas e um longametragem.  O último filme foi o curta "Ela veio me ver", com direção de Essi Rafael, onde atuou como continuista. Atualmente, é integrante dos grupos teatrais “Improváveis Teatro Clube” (Teatro-esporte) e “Arte Riso Cia de Animação” (Bonecos). Iniciou no grupo Cenamania em 2001, fez vários trabalhos, entre eles atuou no monólogo "A mulher possível", com direção de Jair Damasceno. 

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